Simples Palavras...

A vida tem altos e baixos. Mas é nos baixos que damos importância aos altos, porque quando estamos nestes não damos conta...

A minha foto
Nome:
Localização: Barreiro, Portugal

segunda-feira, abril 09, 2007

Um branco eléctrico que fere a visão. Um espaço aprisionante. Demasiada luz. O chão, o tecto e as quatros paredes que não se distinguem. Um cubo numa outra dimensão. Não há porta ou janela. Só o espaço e eu. Não há saída ou entrada. Começo a sufocar. O tempo ali morreu. Estou fisicamente só. Mentalmente demasiado acompanhada. Olhos arregalados, respiração acelerada, imóvel. Não há estímulos, razões palpáveis para continuar. O terror é esse, não ter como acabar ( ou recomeçar). A loucura consome-me. Dói-me a cabeça, os olhos, o corpo. Quero esvaziá-la! Não dá. Cada vez mais se vai enchendo, enchendo, enchendo, já transborda. E como transborda, não há a hipótese de explodir, infelizmente. Talvez o quarto fique inundado e se esgote o oxigénio...

Não há nada. É o nada que me condena a... a... a... a ESTAR sozinha comigo. Não há terror mais assolador! Não há hipótese de fuga ou escolha. Não há onde me esconder. Medo. Vermelho. Dor. Fim eternamente adiado. Preto manchado. Reticências.