O tempo rege-nos. E por isso, tentamos lutar contra ele, ou então desistimos e deixamo-nos levar.
O passado está na memória, na História, nos símbolos.. E de nada serve tentar mudá-lo, temos que o aceitar(?) e conformarmo-nos(?). O presente é o
agora. Está dependente do passado mas já tem um espaço de manobra para o futuro. O futuro é a consequência do presente e do passado com uma pitada de evolução.
O tempo não espera, não pára. Temos que conseguir acompanhar o seu ritmo alucinante. Pois o tempo é a nossa orientação e uma das nossas principais formas de organização. Temos que nos adaptar a ele, por muito que custe. O tempo é inflexível, intolerante, frio. Por vezes parec-nos que ele tem variações, mas isto é a nossa vulgar interpretação, pois ele é constante e coerente. Então porque quando estamos com pressa parece que ele foge? Então porque quando estamos aborrecidos, sem nada para fazer e queremos que ele "passe" depressa, porque é que ele insiste em nos castigar passando muito vagarosamente? Já repararam que o tempo de manhã ao nos levantarmos, passa rapidíssimo? E que quando estamos à espera de alguém, parece que é uma eternidade? Mas os relógios andam sempre sincronizados com ele, andam sempre ao mesmo ritmo, nós é que consoante as necessidades e vontades tomámo-lo como "mentiroso".
O tempo tem duas facetas paradoxais: é cruel mas também é a cura de muitos males. É cruel, quando nos afasta de quem gostamos, quando nos afasta da nossa infância, quando nos envelhece rapidamente.. Mas também é a cura dos "desamores", da traição, de traumas, de recordações que queremos esquecer..
O tempo passa por nós sem darmos conta dele. Ele é um dos responsáveis da efemeridade da vida.