Simples Palavras...

A vida tem altos e baixos. Mas é nos baixos que damos importância aos altos, porque quando estamos nestes não damos conta...

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segunda-feira, março 27, 2006

Uma chave...

Hoje, por circunstâncias da vida, reparei na importância deste pequeno e quase insignificante objecto. Este instrumento que tem o poder de abrir e fechar. Que pode nos dar acesso ou interdizer. Pode ser assim, uma ajuda ou um bloqueio.

O que está fechado à chave tem determinado valor. Por isso se tenta resguardá-lo dos outros. Algo que está escondido ou à mostra demais. O que está escondido não desperta curiosidade a não ser que se saiba da sua existência. O que está à vista e que está trancado aí sim, queremos saber o que está por detrás.

A chave tem deste modo, um certo misticismo. A chave pode ser a ponte entre o que se conhece e o que se quer conhecer . Ou ainda, entre o que se conhece e o que se quer esconder. Quantas vezes usamos "chaves" psicológicas de forma a quebrarmos, ou a construírmos um bloqueio?

Esses baús bem trancados na minha mente, às vezes tento-os abrir. Como que para sacudir o pó e o mofo que os envolve. Consigo abri-los, mas já estão danificados. Não só pelo tempo mas, principalmente pelo isolamento a que foram sujeitos. E porque tenho esses baús? Acho que foram criados inconscientemente. Talvez sejam momentos demasiado marcantes para estarem junto aos outros.

Queria ter uma chave (espécie varinha mágica) que abrisse a parte mais bonita das pessoas. A pureza que lá no fundo, bem no fundo (em alguns casos) todos temos.

Ainda agora estive a espreitar um pouco do baú da minha infância. Vi o Pai Natal (na véspera do Natal punha sempre um sapatinho meu na varanda, para ele lá pôr a minha prenda) , as fadas (que eu adorava), a minha boneca que eu tratava como se fosse minha filha, as paredes "decoradas" com desenhos (riscos) meus e do meu irmão, a barbie com a perna toda roída (como me dava prazer roer aquilo!), ouvi ainda o barulho que eu fazia ao brincar com os carrinhos. Vi o parque em que eu adorava brincar. Como eu gostava de andar de baloiço... Baloiçava a grande velocidade e depois, quase sem medo, dele saltava e caía ilesa na areia. Senti por instantes o cheiro da alegria pura.

3 Comments:

Blogger _XugarSpice_ said...

E a chave para tudo não estará "NELA"? Na nossa alma?

Beijinhos*************

5:08 da tarde  
Blogger Insano said...

Chato chato é quando as perdes (as chaves, claro)! Desculpa, não me apeteceu fazer um comentário profundo ou sério, de maneiras que escrevi o que me veio à cabeça. Beijo

11:23 da tarde  
Blogger Sílvia S. said...

Ficar trancado do lado de fora...tell me about it ;)

12:10 da manhã  

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