Talvez (?) pessimista...
Irritam-me os filmes com final feliz. Irrita-me essa ideia dos contos de fada do "(...) e viveram felizes para sempre". Mas quem é que vive feliz para sempre?! Como se a finalidade da vida fosse viver feliz... Não estou aqui para ser feliz, mas apenas para viver (e tudo o que isso implica). Não acredito em muitas coisas, porque de certa forma, não acredito na felicidade. Acredito apenas no momento de felicidade(?). E mesmo esse momento, é uma máscara que esconde a tristeza da nossa condição. Acho que há sempre uma sombra a perseguir-me, uma sombra que me rouba a luz. Quando páro para pensar, essa sombra invade-me sem pedir licença. Faz-me dor de cabeça. Há sempre algo que me atormenta, mesmo sem saber o quê. É difícil viver sem acreditar na felicidade. É difícil conseguir nadar durante uma tempestade...
Irrita-me o final feliz, porque ele não existe.
Se a nossa condição fosse verdadeiramente feliz, não precisaríamos deixar de pensar para nos tornarmos felizes. - Pascal
2 Comments:
Ponto um: o Pascal era um parvo que tinha a mania que sabia de tudo um pouco, acreditava que era o novo Aristóteles, Arquimedes ou Pitágoras. Só que no tempo dele já não se usava essa coisa de ser um génio multifacetado e com opiniões válidas sobre tudo. Logo, era um fanfarrão que tinha a mania. Pronto, o ponto um está arrumado.
Ponto dois: é como te disse, é a velha estória do copo meio-cheio ou meio-vazio. Eu, como eterno optimista acho que o copo está e estará sempre meio cheio (a menos que alguém o encha ou o esvazie). Os pessimistas dirão que está meio-vazio. Assim é com a vida! Para mim, a felicidade é a vida em si, sendo que ocasionalmente surgem momentos menos bons, mas que servem para nos ajudar a "crescer" e a ganhar novas perspectivas, a fim de alcançarmos um patamar superior (se é que tal existe ou é verosímil) de felicidade. Tu achas que é ao contrário, que há momentos esporádicos de felicidade e que a vida no seu todo é sofrível e sofrida. Nunca existirá consenso sobre isto, a menos que um dos lados aniquile o outro (o Hitler era fã desta idéia, o Pascal se se tivesse lembrado talvez fosse também).
Ponto três: está um calor do caraças!
Beijo
Concordo. Não existe "a felicidade". Quanto muito existem momentos "de felicidade" ou felicidade pontual. És tanto mais feliz quanto maiores, mais intensos e mais frequentes são os teus momentos de felicidade pontual.
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